Justificativa
Quando falamos em Idade Média, é quase impossível não se lembrar daquela antiga definição que costuma designar esse período histórico como sendo a “idade das trevas”. Geralmente, este tipo de conceituação pretende atrelar uma perspectiva negativista ao tempo medieval, como sendo uma experiência de pouco valor e que em nada pode acrescer ao desenvolvimento da humanidade. A idade Média pode nos revelar um conhecimento que vai além do signo das trevas. ”É o período que melhor nos permite compreender as nossas raízes, a nossa modernidade inquieta, a nossa necessidade de compreender a mudança, a transformação que é o fundo da história como ciência e como experiência vivida.”
Tomando como parâmetro a obra da historiadora italiana Chiara Frugoni: Invenções da Idade Média; pretendemos mostrar que a Idade Média “não foi uma época de trevas, nem imune ao progresso; ao contrário, foi uma época fértil de invenções vitais e importantes. Viva pelo que criou de essencial nas nossas estruturas sociais e mentais. Criou a cidade, a nação, o Estado, a universidade, o moinho, a máquina, a hora e o relógio, o livro, o garfo, o vestuário, a pessoa, a consciência e, finalmente, a revolução”, segundo o medievalista francês Jacques Le Goff.
Talvez você não deu conta que o banco que você guarda o dinheiro, o botão da sua roupa, os óculos que você provavelmente os usam agora, foram invenções do período medieval. Pretendemos desmistificar a idéia de retrocesso, de inércia, de astenia cultural e do conhecimento que permeia esse período histórico. Vamos descortinar uma idade média de imaginação fértil e extraordinária inventividade, que o mundo atual tanto se beneficia.
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